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Cia. União
Mineira (1883-1884)
E. F. Leopoldina (1884-1974) |
GOIANÁ
(antiga LIMOEIRO, DESEMBARGADOR LEMOS e CAMPELLO)
Município de Rio Novo, MG |
Ramal de Juiz de Fora - km 257,206 (1960) |
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MG-3437 |
Altitude: 400 m |
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Inauguração: 31.07.1883 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Juiz de Fora teve sua origem em duas ferrovias: a Cia. E.
F. Ramal do Rio Novo, constituída em 1882 e arrendada no ano seguinte
à Cia. União Mineira, que inaugurou o trecho entre Furtado de Campos,
no então ramal de Serraria (Serraria-Guarani, da União Mineira) e
a cidade de Rio Novo. Enquanto isto, em Juiz de Fora, constituiu-se
em 1881 a Companhia Estrada de Ferro Juiz de Fora a Piau, que em 1884
entregou esse trecho, e, em 1888, o uniu a Rio Novo. Dois meses antes,
em agosto, a ferrovia já tinha sido vendida à Leopoldina, que também
estava de posse da União Mineira, unindo então o ramal de Rio Novo
ao ramal de Piau, formando o ramal de Juiz de Fora. Nesta cidade,
o novo ramal se entroncava com a Linha do Centro da E. F. Central
do Brasil. A partir de 1896, no entanto, houve uma série de disputas
judiciais no antigo ramal do Piau, finalmente só resolvidas em 1913
em favor da Leopoldina. O ramal de Juiz de Fora foi finalmente suprimido
pela RFFSA em 8/9/1974. Segundo Hugo
Caramuru, o último trem de passageiros no ramal saiu em 31/01/1972,
dois anos e meio antes da supressão. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Goianá foi inaugurada em 1883 pela Cia. União
Mineira, passando em 1884 para o controle da E. F. Leopoldina.
Em 1888, foi ligada ao ramal de Juiz de Fora-Piau, também.
"O primeiro nome da estação foi Limoeiro, porque o Arraial
era o de Santo Antônio do Limoeiro, fundado em 1873 por moradores
de Rio Novo, cidade próxima 10 km. Depois a estação passou à denominação
de Desembargador Lemos e, em 1913, Goianá, nome indígena que significa:
'parente dos gentios'. Foi também chamada de Campello, uma
corruptela de "capim", por causa da primeira 'Estação de Mudas' das
diligências do Mariano Procópio e que era coberta de capim; era e
é até hoje o nome de uma ponte sobre o Rio Novo que corre paralelo
à ferrovia e fica a uns 600 m distante da estação férrea"
(Renato Mattosinhos, 25/3/2013). Este nome foi trocado antes
de 1927.
Depois de uma longa disputa judicial pela linha, a estação
e a linha foram finalmente adquiridas pela E. F. Leopoldina, formando
o ramal de Juiz de Fora.
O ramal fechou para o tráfego de passageiros em 1972 e oficialmente
em 1974.
Segundo André Colombo, de Rio Novo, a estação
foi demolida nos anos 1980.
"Muitos de meus amigos, moradores e trabalhadores nas cercanias
de onde passava o ramal de Juiz de Fora da EFLR, desconhecem o passado
e até se assustam ao saber que a via férrea passava tão perto, e nos
faz tanta falta... Próximo a minha cidade, com um atraso de mais de
uma década, foi inaugurado há algum tempo, o Aeroporto Presidente
Itamar Franco, em Goianá- MG. Monumento à falta de propósito em obras
públicas, recentemente voltou às páginas de jornal com a notícia que
a única empresa de voos de passageiros que opera no local pretende
abandonar as operações nele. E o governo ainda pretende abrir uma
rodovia interligando a BR 040 a MG 353 para facilitar o acesso ao
aeroporto?! É terrível verificar-se tratar da mesma Goianá que até
1972 recebia trens regulares da EFLR e nosso governo não tem a menor
vontade de reestabelecer sequer um metro de via férrea naquela direção.
Não existe interesse nenhum!" (Fábio V. Chagas, 12/4/2013).
ACIMA: Não sobrou muita coisa antiga
em Goianá, com a desativação da linha. Este velho
armazém ficava em frente à estação e existia
até 2008 (Foto Ricardo Quinteiro de Mattos, maio de 2008).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de
passageiros pararam nesta estação de 1883 a 1972.
Ao lado, um destes trens chega à estação
de Rio Novo, em 1961. Clique sobre a foto para ver mais detalhes
sobre esses trens. Veja aqui horários
em 02/1963 (Guias Levi). |
Fontes: Renato Mattosinhos; Fábio V. Chagas; Ricardo
Quintero de Mattos; Amarildo Mayrink; André Colombo; honorato-o
trem expresso; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina
Railway, 1938; Cyro Pessoa Jr.: Estudo Descritivo das Estradas de
Ferro do Brasil, 1886; Repartição Geral dos Telegraphos:
Guia Telegraphico, 1927; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Guias Levi, 1932-80) |
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A estação, provavelmente anos 1960 (Foto honorato-o
trem expresso) |
A estação em demolição, supostamente
nos anos 1980. Acervo Amarildo Mayrink |
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Atualização:
31.10.2020
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