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Cia. E. F. Juiz
de Fora ao Piau (1884-1888)
E. F. Leopoldina (1888-1974) |
TRIQUEDA
(antiga ÁGUA LIMPA)
Município de Juiz de Fora, MG |
Ramal de Juiz de Fora - km 277,007 (1960) |
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MG-1823 |
Altitude: 641 m |
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Inauguração: 1884 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1915 (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Juiz de Fora teve sua origem em duas ferrovias: a Cia. E.
F. Ramal do Rio Novo, constituída em 1882 e arrendada no ano seguinte
à Cia. União Mineira, que inaugurou o trecho entre Furtado de Campos,
no então ramal de Serraria (Serraria-Guarani, da União Mineira) e
a cidade de Rio Novo. Enquanto isto, em Juiz de Fora, constituiu-se
em 1881 a Companhia Estrada de Ferro Juiz de Fora a Piau, que em 1884
entregou esse trecho, e, em 1888, o uniu a Rio Novo. Dois meses antes,
em agosto, a ferrovia já tinha sido vendida à Leopoldina, que também
estava de posse da União Mineira, unindo então o ramal de Rio Novo
ao ramal de Piau, formando o ramal de Juiz de Fora. Nesta cidade,
o novo ramal se entroncava com a Linha do Centro da E. F. Central
do Brasil. A partir de 1896, no entanto, houve uma série de disputas
judiciais no antigo ramal do Piau, finalmente só resolvidas em 1913
em favor da Leopoldina. O ramal de Juiz de Fora foi finalmente suprimido
pela RFFSA em 8/9/1974. Segundo Hugo
Caramuru, o último trem de passageiros no ramal saiu em 31/01/1972,
dois anos e meio antes da supressão. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Triqueda foi inaugurada em 1884 pela Cia. E. F. Juiz de
Fora ao Piau, com o nome de Água Limpa, passando em
1888 para o controle da E. F. Leopoldina. Mais tarde o nome de Água
Limpa, foi transferido para outra estação da mesma
linha, enquanto o nome Triqueda passou a denominar esta estação.
A estação ficava na serra. No mesmo ano, passou a fazer
parte do ramal de Juiz de Fora. A estação foi
fechada com o ramal, em 1972.
"Depois
de quase uma hora andando a pé pra cima e pra baixo e comendo
poeira, cheguei a estação de Triqueda, prédio datado
de 1915. A julgar pela localização,
a estação permitia a algum fazendeiro para escoar sua produção. Além da estação, o lugar tinha outras construções:
um lugar onde as locomotivas a vapor eram abastecidas com água e até
uma pequena igreja. Tudo abandonado, esquecido, como num desses cenários
de filme de velho oeste, de cidade-fantasma" (Carlos Latuff, 06/2003).
A estação e as casas foram
todas demolidas depois de 2003 (Ver caixa de 2009, abaixo).
"Triqueda (sem plural) foi onde nasci: meu pai
era morador da casa da vila retratada na foto abaixo (nota:
a sexta foto), ali era um comércio onde se vendia de
tudo, e o pessoal da Leopoldina parava para fazer seu lanche
no meio da viagem. O pastel era o mais procurado, pela sua qualidade
e sabor. Em tempo; As construções das fotos de 2003 lamentavelmente já estavam todas demolidas em 2009, inclusive
a pequena estação de 1915. Um crime" |
2009
AO LADO: A destruição já havia chegado em 2009 ao local (Relato de João Cícero, 1/12/2009). |
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TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
pararam nesta estação de 1884 a 1972. Ao lado,
um destes trens chega à estação de Rio
Novo, em 1961. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre
esses trens. Veja aqui horários
em 02/1963 (Guias Levi). |
(Fontes: João Cícero, 2009; Fábio Chagas;
Carlos Latuff, 2003; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da
Leopoldina Railway, 1938; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Guias Levi, 1932-1980) |
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A estação de Triqueda com a vila ao fundo. Foto
Carlos Latuff, em 06/2003 |
A estação de Triqueda. Foto Carlos Latuff, em
06/2003 |
A igreja de Triqueda. Foto Carlos Latuff, em 06/2003 |
Detalhe da caixa d'água. Foto Carlos Latuff, em 06/2003
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A caixa d'água. Foto Carlos Latuff, em 06/2003 |
Casa da vila. Foto Carlos Latuff, em 06/2003 |
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Atualização:
31.10.2020
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