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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Nossa Senhora
Coronel Fabriciano
Acesita
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 1996
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A EFVM e suas estações em 1952

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E. F. Vitória a Minas (1924-1982)
CORONEL FABRICIANO
(antiga RAUL SOARES e CALADO)
Município de Coronel Fabriciano, MG
EFVM - km 464 (1960)   MG-3073
Altitude: 239 m   Inauguração: 09.06.1924
Uso atual: demolida em 1982   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: demolida
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Vitoria a Minas foi aberta em 1904 num pequeno trecho a partir do porto de Vitória e tinha como objetivo principal transportar as culturas da região ao longo do Rio Doce, especialmente a produção de café. Com enormes dificuldades ela foi avançando no sentido da cidade mineira de Diamantina; em 1910, empresãrios ingleses a compraram para eletrificá-la e transportar minério da região de Itabira. O seu objetivo pasava a ser agora atingir Itabira e se encontrar com a futura linha da EFCB que partindo de Sabará atingiria São José da Lagoa (Nova Era). Em 1919 o empresário americano Percival Farquhar a comprou e depois de inúmeras reviravoltas políticas, a estrada, afinal nunca eletrificada, foi encampada pela recém-fundada Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, a qual maneja a ferrovia até hoje. Modernizou-a nos anos 1940, alterando o traçado acidentado na região de Vitória, isto depois de a linha ter finalmente se ligado à EFCB em Nova Era em 1937, Em 2002, o antigo ramal de Nova Era foi totalmente modificado e a EFVM passou a comandar a linha desde Vitória até a região de Belo Horizonte, depois de passar por Itabira, região do minério de ferro. É a ferrovia mais rentável do Brasil e uma das pouquíssimas ferrovias a manter no País até hoje os trens de passageiros.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Coronel Fabriciano foi inaugurada em 1924 (Guia das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) e o seu primeiro nome foi o de Raul Soares, político mineiro na época. O local era conhecido então como Barra do Calado, o que fez com que, alguns anos depois, a estação fosse renomeada como Calado, nome que já ostentava em 1930 (Guia Levi).

Entre 1939 e 1940, a estação foi renomeada como Coronel Fabriciano (Guia Levi).

Ao redor da estação, foram levantadas as primeiras moradias da região onde se ergueu o centro de Fabriciano, que passou a ser sede do distrito Melo Viana em 1933. Nessa ocasião, o fluxo de cargas se restringia a encomendas menores e alimentos, mas com o estabelecimento da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (hoje ArcelorMittal Aços Longos) no local, buscando centralizar a exploração de madeira e a produção de carvão da região do Rio Doce para alimentar os fornos de suas usinas em João Monlevade, o terminal se tornou ponto de embarque de madeira e carvão e desembarque de máquinas destinadas ao empreendimento industrial.

O antigo distrito Melo Viana originou o município de Coronel Fabriciano, emancipado em 27 de dezembro de 1948. O desenvolvimento da região central da cidade, impulsionado pela instalação da Acesita (atual Aperam South America), no município vizinho de Timóteo e da Usiminas, em Ipatinga, culminou no deslocamento da via férrea para fora do perímetro urbano.

Assim, a estação teria sido desativada em 29 de janeiro de 1979, data da última parada de trem. Notar que o Guia Levi de junho de 1979 ainda indica a estação de Coronel Fabriciano em operação. Fica a dúvida - quando em 1979 a estação realmente foi desativada?

Foi demolida em 15 de março de 1982 e em seu lugar foi construído o atual Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano.

Como a linha foi retificada e passou a correr do outro lado do rio Piracicaba, hoje o trem para na estação de Mario Carvalho, do lado oposto do rio. Esta nova estação atende à população de Coronel Fabriciano e de Timoteo.


A foto no caixa abaixo mostra o último trem que passou na estação de Coronel Fabriciano em 1979. Guias Levi do período que seguiu até junho de 1979 mostram trens ainda passando pela estação.

VER TAMBÉM ESTAÇÃO DE MARIO CARVALHO

"(...) De maneira geral, as cidades, sedes de municípios, estão situadas tão situadas para fora do vale como um atestado vivo da pouca importância que tinha o rio até bem pouco tempo. Os escassos aglomerados de casas são representados em geral por estações da estrada de ferro e alguns já se tornaram sede de distrito. Tanto Antonio Dias quanto Coronel Fabriciano são pequenos agrupamentos urbanos com comércio muito reduzido, lutando com a concorrência dos armazéns que abastecem a população carvoeira. O principal centro urbano é, sem dúvida, a cidade siderúrgica da ACESITA, onde um planejamento prédio tornou possível a construção de uma cidade moderna em plena mata. Mais do que qualquer outra parte do vale, a área depende inteiramente da E. F. Vitória-Minas, única via da transporte".
1958
AO LADO: Ney Strauch escreve sobre a área da estação

ACIMA: último trem a passar pela estação de Coronel Fabriciano no centro da cidade em 1979 (Foto Argemiro José Ribeiro).

(Fontes: Argemiro José Ribeiro; João Bosco Setti; Lourenço Paz; Nilson Rodrigues; Helio HVL; Wikipedia; aceciva.blog.terra. com.br; Ney Strauch: Zona Metalúrgica de Minas Gerais e Vale do Rio Doce, CNG, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960, Guias Levi, 1917-1984)
     

A estação, sem data. Foto do museu de Pedro Nolasco. Cessão Lourenço Paz

A estação, provavelmente nos anos 1950. Acervo Nilson Rodrigues

Demolição da velha estação em 1982. Do site aceciva.blog.terra.com.br
     
     
Atualização: 10.11.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.