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E. F. Sorocabana
(1957-1971)
FEPASA (1971-1979) |
PINHEIROS
Município de São Paulo, SP |
Ramal de Jurubatuba - km 18,300 |
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SP-2058 |
Altitude: 718 m |
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Inauguração: 25.01.1957 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: c.1958 (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Jurubatuba foi construído entre 1952 e 1957 para encurtar a distância
entre a Capital e Santos pela Sorocabana. Partindo da estação de Imperatriz
Leopoldina, no tronco, a linha seguia até Evangelista de Souza, na
Mairinque-Santos, no alto da serra, para dali descer para o porto.
Transportando passageiros e cargas desde a abertura da linha em 1957,
o ramal acabou por se tornar uma das linhas de subúrbio da Capital.
Por volta de 1980 foi feita a duplicação da linha e
a colocação da bitola mista, o que levou à demolição,
por causa do óbvio alargamento do leito para comporatr duas
linhas, de todas as estações originais que estavam no
trecho entre Universidade e Jurubatuba, com a exceção
desta última. Uma nova linha com novas estações foi entregue,
agora com trens partindo de Osasco e não mais de Julio Prestes,
mas somente em 2000 é que ficaram prontas todas as estações previstas
para todo o trecho que hoje é atendido pelos TUES metropolitanos
da CPTM. Até dezembro de 2001 o transporte de passageiros se
resumia ao trecho entre Presidente Altino, no tronco, e Varginha,
na entrada da área de mananciais. Nesse mês, o transporte foi
suprimido para além de Jurubatuba, mas em 2008 a linha foi
reformada e agora chega até a estação terminal
de Grajaú-nova. A linha hoje está totalmente desativada
para cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Pinheiros foi inaugurada em janeiro de 1957, juntamente com
o ramal.
Era considerada inicialmente apenas um posto, e, como a maioria das
estações do ramal, parece ter sido o seu prédio construído pelo menos
um ano depois da inauguração. Realmente, fotos de logo
após a inauguração mostram uma plataforma sem
prédio sobre ela.
Um ano depois, em 1958, já existia um pequeno prédio
ao lado de um vagão que podia estar estacionado, ou fixo, servindo
como casa de funcionários da Sorocabana. As
minhas lembranças dessa estação mostram uma estaçãozinha
ao lado direito da ponte da Eusébio Matoso sobre o rio
Pinheiros, sentido Butantan.
"Eu me lembro muito bem dessa estação, pois
cheguei a tomar muitas vezes o trem "Carmen Miranda", o
trem dos pescadores, na sua plataforma. Era realmente um pequeno prédio
para a bilheteria, com uma plataforma de terra batida contida por
dormentes como moldura. Existia uma pequena cobertura para ela, junto
ao prédio. E sim, você está certo em suas memórias:
ela ficava mesmo onde você se lembra" (Coaraci Camargo,
06/2003).
"Quando o trem ia da Júlio Prestes para a Cidade Dutra, como
todas as estações do ramal do rio Pinheiros ficavam à esquerda da
linha, o chefe da estação tinha de entrar no trem para entregar o
staff para o maquinista. Na volta a troca era feita pela janela do
maquinista" (Carlos Alberto Leite Pereira, 11/2007).
Em 1964, um artigo publicado no jornal mostrava que a EFS era negligente
com a estação; mantinha apenas uma pessoa no pátio,
de nome João Bosco, que era ao
mesmo tempo telegrafista, conferente e vendedor de passagens. O movimento
ali era pequeno, o aspecto era de uma estação longínqua
do interior, a plataforma tinha 200 metros e apenas uma média
de 200 pessoas tomavam o trem ali por dia.
Até 1962 atendeu os autotrens, que eram os trens com vagões
carregados de automóveis que percorriam a linha da EFS com
carros novos; mas sendo este suspenso nessa estação,
esta se tornou apenas um pequeno local de embarque e desembarque de
passageiros, pois não havia mais cargas para ali carregar ou
descarregar (Folha de S. Paulo, 5/10/1964).
A estação foi demolida em 1979; a entrada em operação
da estação de Pinheiros-nova, uns trezentos metros linha acima,
maior e mais moderna, porém, somente se deu em 1981.
Até 1979, e desde 1976, ela ainda era atendida por um trem
puxado por uma LEW que parava somente em Universidade, Pinheiros,
Monark e Jurubatuba.
(Veja também PINHEIROS-NOVA)
ACIMA: A queda de um cargueiro puxado por
uma locomotiva Baldwin AS-616, proposital, foi engendrada pelo telegrafista
da estação de Pinheiros, que mudou a chave para evitar
que ele colidisse com um trem de passageiros que vinha na mesma linha
em sentido contrário (Folha de S. Paulo, 11/12/1962).
Esta era a situação
da estação em 1958: "No bairro de Pinheiros
existe uma pequena estação da E. F. Sorocabana
situada entre a avenida Marginal e a rua Paes Leme. Entretanto,
o acesso pela parte mais populosa do bairro (a Paes Leme) é
obstruído por um barranco, impedindo o acostamento de
veículos 'a estação. Para descer, os que
necessitam chegar até a linha têm de passar de
passar por um espigão cavado no barranco onde foram colocadas
pedras oara impedir deslizamento. Quando chove, o barro toma
conta de tudo, e é praticamente impossível o acesso
à estação (...) Recentemente, com a abertura
da avenida Marginal, a Paes Leme foi estendida até a
estação, mas os serviços foram abandonados
(...). |
AO LADO: Extraído
de A Gazeta, 1/8/1958, acervo Coaraci Camargo.
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ACIMA: As condições
de acesso à estação ainda eram precárias
em 1959, conforme reportagem ao lado (Folha da Manhã,
18/8/1959).
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ACIMA: Em 1969, as casas que aparecem entre
a precária avenida Marginal e o caminho de terra que acompanha
o rio Pinheiros, com a ponte da Eusébio Matoso no canto superior
direito, são as casas da vila ferroviária e a estação
de Pinheiros (Foto do jornal Folha de S. Paulo de 26/01/1969).
ABAIXO: A estação já abandonada em 1978 (Foto
Renato Cesar Favero).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Renato
Cesar Favero; Coaraci Camargo; Carlos Alberto L. Pereira; Nossa
Estrada, 1957; A Gazeta, 1958; Folha da Manhã, 1959; Folha
de São Paulo, 1964 e 1969; E. F. Sorocabana, relatórios
oficiais, 1940-69; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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No dia da inauguração em 1957, a plataforma ainda
sem prédio da estação. Foto da revista
Nossa Estrada |
Na deserta estação-plataforma, a cobertura era
um guarda-sol... Foto de jornal, datado de 8/2/1957, cedida
por Coaraci Camargo |
Aqui já aparece do lado direito um pequeno prédio,
e um vagão estacionado. Ao fundo, o rio Pinheiros. Foto
A Gazeta, de 1/8/1958 |
Estação de Pinheiros em 1964. Folha de S. Paulo,
5/10/1964 |
Estação de Pinheiros - plataforma, anos 1970.
Autor desconhecido |
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Atualização:
19.02.2017
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