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Eletrocloro
Rio Grande da Serra
Ribeirão Pires
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SPR-1935
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Saída para linha cargueira (1971): Suzano
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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São Paulo
Railway (1867-1947)
E. F. Santos-Jundiaí (1947-1975)
RFFSA (1975-1994)
CPTM (1994-) |
RIO
GRANDE DA SERRA
(antiga RIO GRANDE e ICATUAÇU)
Município de Rio Grande da Serra, SP |
Linha-tronco - km 41,109 (1935) |
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SP-2082 |
Altitude: 748 m |
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Inauguração: 16.02.1867 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1890 |
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HISTORICO DA LINHA: A São Paulo
Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de
ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por
investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores
acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou
durante muito anos - até a década de 1930, quando a Sorocabana abriu
a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros
de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro
funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946,
com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União
sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado
até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e,
em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla.
O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas
o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as
TUES dos trens metropolitanos. |
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A ESTAÇÃO: A estação foi
inaugurada com o nome de Rio Grande, construída de pau a pique
e plataforma não ladrilhada. Local deserto na época, era uma estação
intermediária para alimentação de água das locomotivas e cruzamentos
de trens. Dali deveria partir uma estrada de ferro para o Vale do Paraíba, projeto
nunca executado, embora, em 1971, tenha sido aberta uma linha ligando
a estação à estação de Suzano,
no ramal de São Paulo da EFCB. É uma linha cargueira,
feita pela RFFSA, que jamais transportou passageiros: serve com auxiliar
às cargas que vêm do ramal de São Paulo para o porto de Santos.
Em 1929, a Prefeitura Municipal de São Paulo mantinha ali um desvio (embora a região
pertencesse na época ao município de São Bernardo)
para retirar pedras na pedreira Pires do Rio. Neste desvio trafegava também
um bonde a gasolina para o transporte de funcionários. O bonde
foi reformado e tirado do abandono pela Prefeitura de Rio Grande da Serra e pela ABPF.
De 1953 a 1963 chamou-se Icatuaçu,
tanto estação quanto o distrito, que pertenciam a Santo
André. Emancipou-se como município com o nome de Rio Grande da Serra em 1964, nome atual.
Sua estação continua
a mesma do início do século XX, bem conservada. Funciona hoje atendendo
aos trens metropolitanos da CPTM, sendo ponta de linha dos trens metropolitanos da CPTM, já que a continuação da linha para Paranapiacaba não tem mais estes trens desde 2002.
Em junho de 2010, a estação e o pátio foram tombados pelo CONDEPHAAT (ver caixa abaixo, de 2010).
Em 2019 atendia aos trens metropolitanos da CPTM.
Em junho de 2022, a passarela de ferro da SPR, construída nos anos 1890
e, como o prédio e o pátio, tombados pelo CONDEPHAAT (ver logo acima) foi descoberta (ela havia sido retirada em 2017 "para reformas" com partes na estação e partes também em um ferro-velho.
Pouco depois do episódio da passarela, a CPTM anunciou a construção de uma nova estação, em local diferente da atual, que seria então desativada. O novo prédio (veja caixas abaixo, de
2022) deverá ser integrado com o terminal rodoviário municipal e também será dotado de um bicicletário. A previsão é de que a estação seja construída antes da passagem de nível existente na região. Além disso é possivel notar nos desenhos para o projeto (veja caixas abaixo, de 2022) a presença de cinco vias na região da estação, incluindo a via segregada de carga e possíveis linhas para estacionamento de trens.
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1889
AO LADO: A estação de Rio Grande volta a ser ponto de parada para os trens expressos (A Provincia de S. Paulo,
20/9/1889). |
ACIMA: A pedreira e o final
do desvio, em 1929 (Acervo Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: Acidente com morte, em 1935 (Correio de S. Pauloi, 6/2/1935).
ACIMA: Mapa que mostra a estação ferroviária
(à esquerda) e o desvio da Pedreira Pires do Rio, seguindo
para a direita e já com o nome de Pedreira Rio Grande (Acervo
Wanderley Duck; final dos anos 1960).
ACIMA e ABAIXO: Saída da linha de ligação
para Suzano, construída pela RFFSA nos anos 1970 e unindo as
linhas da Central do Brasil e da Santos a Jundiaí (Data desconhecida).
ACIMA: O bonde que seguia pelo desvio para levar
funcionários, totalmente reformado pela ABPF e pela Prefeitura,
em dezembro de 2006 (Foto Thomas Correa).
ACIMA: Panorama da estação de Rio
Grande da Serra, em julho de 2008, vista no sentido de Paranapiacaba
(Foto Ricardo Koracsony).
ACIMA: Desenho do projeto para a nova estação de Rio Grande da Serra, de outubro de 2022. A estação estava então prevista para estar pronta em meados de 2023 (Revista Ferroviária).
ACIMA: Outro desenho do projeto para a nova estação de Rio Grande da Serra, de outubro de 2022. A estação estava então prevista para estar pronta em meados de 2023 (Revista Ferroviária).
A estação ferroviária
de Rio Grande da Serra foi tombada pelo CONDEPHAAT em 21 de
junho de 2010, pelo ofício 1426/2010 do processo 60309/2009.
A carta de comunicação aos interessados foi emitida
em 22 de julho de 2010. O tombamento havia sido pedido por mim,
Ralph Mennucci Giesbrecht, em 2006. |
TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens
de passageiros param nesta estação desde o ano
de 1867. Veja aqui horários em --- (Guias
Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Domingos
Luiz Orlando; Otávio de Camargo; Glauber Guedes; Ricardo Koracsony;
Militão Azevedo; Bruno Rollo; Wilson de Santos Junior; Thomas
Correa; Wanderley Duck; Revista Ferroviária, outubro de 2022; CONDEPHAAT, carta de 9/9/2009; ABPF; Wanderley
dos Santos: Antecedentes Históricos do ABC Paulista, 1992; Relação
oficial de estações da SPR, 1935; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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Atualização:
04.07.2023
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