HISTORICO
DA LINHA: A Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM) foi aberta em 1880,
ligando com bitola de 0,76 cm as estações de Sitio (Antonio Carlos)
e Barroso. Mais tarde foi prolongada até São João Del Rey (1881),
atingindo Aureliano Mourão em 1887, onde havia uma bifurcação, com
uma linha chegando a Lavras em 1888 e a principal seguindo para o
norte atingindo finalmente Barra do Paraopeba em 1894. Dela saíam
diversos e pequenos ramais. A linha foi extinta em pedaços, tendo
sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra) e o último, em 1984 (Antonio
Carlos-Aureliano), com exceção do trecho S.J. Del Rey-Tiradentes que
e conserva em atividade até hoje. Também se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis,
ampliado para bitola métrica em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte.
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A ESTAÇÃO:
A estação do Clarindo foi inaugurada, segundo
o Guia Geral das Estradas de Ferro de 1960, no ano de 1927. Era a
penúltima estação antes do terminal da linha,
em Barra do Paraopeba.
"Pelo lado paterno sou neto
de ferroviário e pelo materno, o meu avô foi o dono da Fazenda
do Clarindo. Estou lhe enviando a foto da inauguração da Estação do
Clarindo, às margens do rio São Francisco no município de Abaeté,
em Minas Gerais. Pelo que sei, esta estação foi construída e bancada
pelo Sr. Clarindo - na foto (abaixo), o senhor negro, o 6º da direita
para a esquerda -, que em função dessa empreitada acabou por ir à
falência e teve a fazenda levada à praça. Nesta ocasião o meu avô
acabou por arrematá-la, creio que foi em meados dos anos 1940"
(Bóris Costa Dolabella, 06/2008).
Como deveria estar em 2022 o local? Teria sobrado alguma coisa da estação e de seu pátio?
ACIMA: A sede do município de Abaeté,
à esquerda neste mapa parcial publicado em 1960, e a estação
de Clarindo, cerca de 40 km a nordeste (haveria estrada? Se acreditarmos
no mapa, não havia) (Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, IBGE, vol. IX, 1960, p. 79).
(Fontes: Bóris Costa Dolabella, 2008; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, IBGE, vol. IX, 1960, p. 79;
Revista Ferroviária, agosto de 2000, p. 32)
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